🅿🆁🅾🅶  🅘🅽  🆃🅗🅴 70'🆂

No final da década de 1960, bandas como The Beatles, The Rolling Stones e The Who haviam estabelecido o rock como um género poderoso e influente. No entanto, muitos músicos estavam ansiosos para romper com as convenções musicais e estruturas de canções tradicionais dando origem ao proto progressivo, uma fase de transição que pavimentou o caminho para o pleno florescimento do rock progressivo. 

O Rock Progressivo teve um período de grande efervescência e inovação ao longo da década de 1970. Este género musical que evoluiu a partir do rock psicadélico, muitas vezes caracterizado pela complexidade instrumental, letras densas e álbuns conceptuais, floresceu durante esse período. 

O rock progressivo é conhecido por suas estruturas musicais complexas, incluindo mudanças de tempo, polirritmia e virtuosismo instrumental. Bandas como Yes, Genesis, King Crimson e Emerson, Lake & Palmer ficaram famosas por suas habilidades musicais. 

Muitas bandas de rock progressivo produziram álbuns conceptuais, nos quais todas as músicas eram interligadas por um tema ou história comum. Um exemplo notável é o álbum "The Dark Side of the Moon" de Pink Floyd. 

A década de 1970 viu o surgimento de sintetizadores e teclados sofisticados que se tornaram parte integrante do som do rock progressivo. Bandas como Yes e Genesis incorporaram extensivamente esses instrumentos. 

Letras mais complexas e poéticas que frequentemente exploravam temas filosóficos, literários e fantasiosos, são uma outra característica comum do rock progressivo. 

O rock progressivo não se limitou ao rock puro, incorporou elementos de jazz, música clássica, eletrónica e étnica em sua música, resultando em um som eclético e diversificado que originou a proliferação de subgéneros progressivos durante a década de 1970. Eis alguns subgéneros do rock progressivo surgidos nesse período:

(Fotos: 1.The Beatles; 2.Yes; 3. Genesis)


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O Jazz-Rock Fusion ou jazz fusion emergido no final da década de 60 é um subgénero transversal ao jazz e ao rock progressivo que teve um exponencial desenvolvimento durante a década de 1970 e nas décadas subsequentes até aos dias de hoje. Fundindo elementos do jazz com influências do rock, do funk e da música clássica introduz improvisação sofisticada, harmonias complexas e ritmos intrincados.

Jazz Fusion é um jazz fortemente influenciado por outros estilos musicais, é um termo ambíguo que fornece o primeiro nível sub definido do Jazz.

Jazz Rock é um subconjunto do jazz via jazz fusion. A ambiguidade vem de uma tendência americana durante os anos 90 até agora, de trocar livremente jazz rock e jazz fusion, quando na verdade o último termo abrange a maioria dos híbridos de jazz fundido com outras formas de música. As raízes do jazz rock podem ser rastreadas até os artistas de soul jazz influenciados pelo rhythm and blues.

Muitos outros estilos de música foram combinados com o jazz para criar fusão, incluindo música tradicional de todo o mundo, R'n'B, rock, música eletrónica e música pop e jazz de África, América Latina, Índia entre outros lugares.

Músicos de jazz fusion muitas vezes colaboraram com artistas do rock progressivo, adicionando camadas de complexidade à música contribuindo para a evolução do género.

Alguns artistas e bandas notáveis que contribuíram para a intersecção entre o jazz fusion e o rock progressivo incluem o grupo britânico Soft Machine, o guitarrista John McLaughlin e sua banda Mahavishnu Orchestra, o tecladista Chick Corea com o álbum "Return to Forever", e o álbum "Bitches Brew" de Miles Davis.

(Fotos: 1. Soft Machine; 2. Miles Davis; 3. Chick Corea & Return to Forever; 4. John McLaughlin & Mahavishnu Orchestra)


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Uma das vertentes menos exploradas, mas igualmente fascinantes do rock progressivo, é o subgénero conhecido como "Prog Folk" ou "Folk Progressivo." O Prog Folk surgiu como uma resposta à procura constante por inovação e expansão musical dentro do rock progressivo e da cena folk, trazendo elementos da música tradicional e uma abordagem mais acústica para a fusão de estilos.

O Prog Folk pode ser considerado uma extensão do movimento American folk revival dos anos 1960, quando artistas como Bob Dylan e Joan Baez trouxeram músicas tradicionais para o cenário main stream. No entanto, o Prog Folk foi além, incorporando instrumentação diversificada, complexidade composicional, influências ecléticas e letras intrigantes.

Quando Dylan "ficou elétrico" com seu álbum "Highway 61 Revisited" (para grande desgosto dos puristas que gritavam por traição), o Folk Rock nasceu, abrindo as comportas para os artistas mais jovens se ligarem à eletricidade.

Na esteira da década de 1960, o renascimento Folk surgiu em ambos os lados do Atlântico, que rapidamente se ligou a movimentos de protesto, nem sempre, mas muitas vezes ligado a tendências mais de esquerda.

No entanto, o álbum angular que levará a novas mudanças no Folk Rock é o álbum "Liege & Lief" dos Fairport Convention, que provou ser altamente influente para outra geração de grupos. Nessa altura, a maioria dos conhecedores falava de Acid Folk, Psych Folk e Progressive Folk, todos com diferenças limitada e sem marcos ou fronteiras particularmente prolongados, mas todos contando com aventuras experimentais ou inovadoras e boa musicalidade, mas não necessariamente de natureza acústica.

Ao contrário do folk tradicional, que geralmente se baseia em instrumentos simples, o Prog Folk incorpora uma variedade de instrumentos, incluindo violinos, flautas, gaitas de fole, instrumentos de percussão étnicos, guitarras acústicas e teclados. Essa riqueza instrumental contribui para uma sonoridade complexa e rica.

O Prog Folk não se limitou apenas a incorporar elementos do folk tradicional, mas também absorveu influências do rock progressivo e de outras tradições musicais, como o jazz e a música clássica. Grupos como Jethro Tull, Fairport Convention e Pentangle foram pioneiros nesse aspeto, criando uma síntese única de estilos.

O Prog Folk é conhecido por suas composições complexas, muitas vezes apresentando estruturas de música clássica, variações de tempo e harmonias vocais elaboradas. Essa abordagem composicional diferenciada desafiou as convenções do folk tradicional, que tende a ser mais simples em termos de estrutura musical.

As letras no Prog Folk frequentemente abordam temas profundos e filosóficos, muitas vezes relacionados à natureza, mitologia, contos de fadas e história. Essas letras complementam a complexidade musical, criando uma experiência auditiva mais rica e envolvente.

O Prog Folk não se limita ao passado. Até hoje, existem bandas e artistas contemporâneos que exploram esse género, mantendo a tradição viva. Essas novas interpretações mantêm o Prog Folk como um género musical em constante evolução.

Alguns dos artistas mais destacados do Prog Folk incluem além dos supra citados; Steeleye Span e Harmonium. Cada um desses grupos deixou sua marca distintiva no género contribuindo para sua evolução.

Em resumo, o Prog Folk é uma parte intrigante do desenvolvimento do rock progressivo. Ele abraçou a tradição folk, mas também a expandiu, incorporando uma variedade de elementos musicais para criar uma abordagem mais sofisticada e eclética. Essa fusão de estilos resultou em músicas complexas, ricas em textura e significado, que continuam a cativar ouvintes e músicos até os dias de hoje.

(Fotos: 1Joan Baez & Bob Dylan; 2Fairport Convention; 3. Jethro Tull; 4. Pentangle; 5Steeleye Span; 6. Harmonium)


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Indo-Prog/Raga Rock A ênfase em ritmos circulares repetitivos, a ornamentação (gamaka) o uso de padrões acústicos de cordas, o sentido de resistência beatífica e a improvisação demorada são as características centrais desta música em termos de prática e estética sonora. As relações privadas, metafísicas consigo mesmo, com o outro, o simbolismo da existência estão ligados, transfigurados pela expressão particular do raga, música clássica da Índia.

Emocionalmente, a função do ouvinte é hipnótica, tentando voluntariamente levá-lo a um estado de consciência superior, modulando sua perceção de tempo e espaço. A emoção proporcionada por esta música não é apenas "afetiva". É uma mensagem real, uma estética da natureza, do divino, uma virtude capaz de conduzir o ouvinte a um estado de transe emocional.

Em meados dos anos 60 com o lançamento do sucesso internacional de mestres do raga como Ravi Shankar, Ali Akbar Khan, artistas europeus e americanos ficaram cada vez mais cativados pela relação dinâmica entre emoção mística, espiritualidade e música.

O Indo-Prog/Raga Rock é um gênero musical fascinante e único que surgiu no contexto do desenvolvimento do rock progressivo nas décadas de 1960 e 1970. Ele representa uma fusão inovadora de influências ocidentais e indianas, incorporando elementos do rock progressivo e da música clássica indiana, como ragas e instrumentos tradicionais. Esse estilo musical desafiador e experimental teve um impacto duradouro no mundo da música e continua a influenciar artistas até hoje.

O desenvolvimento do Indo-Prog/Raga Rock pode ser rastreado até o interesse crescente dos músicos ocidentais pela cultura indiana, alimentado por uma onda de espiritualidade e exploração cultural que varreu o mundo no final dos anos 1960. Isso se deve, em grande parte, à popularização da cultura indiana através de figuras proeminentes como Ravi Shankar, que introduziu o sitar e a música indiana para o público ocidental.

Um marco importante no género foi o lançamento do álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" (1967) dos Beatles. Canções como "Within You Without You" de George Harrison eram fortemente influenciadas por música indiana e estabeleceram o padrão para a fusão de rock e música clássica indiana.

No entanto, a banda que mais se destacou como pioneira do Indo-Prog/Raga Rock foi Quintessence, um grupo britânico que misturou o rock progressivo com influências indianas de maneira mais sistemática. Seu álbum "In Blissful Company" (1969) é considerado um dos primeiros exemplos verdadeiros do género. Quintessence incorporou instrumentos tradicionais indianos, como a flauta bansuri, sitar e tambura, e suas letras muitas vezes abordavam temas espirituais e meditativos, refletindo a influência do movimento hippie e do interesse crescente pela filosofia oriental.

Outros artistas notáveis que contribuíram para o Indo-Prog/Raga Rock incluem os Yardbirds e The Rolling Stones. Eles incorporaram elementos indianos em suas músicas, como o uso de instrumentos e escalas exóticas, bem como letras inspiradas pela espiritualidade oriental.

Além do Reino Unido, a cena Indo-Prog/Raga Rock também floresceu nos Estados Unidos, com bandas como The Byrds, que exploraram influências indianas em faixas como "Eight Miles High".

O Indo-Prog/Raga Rock representou uma fusão única de culturas musicais e étnicas, unindo o mundo ocidental com as ricas tradições da Índia. Ele desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento do rock progressivo, um género conhecido por sua experimentação musical, complexidade instrumental e letras profundas. A influência do Indo-Prog/Raga Rock pode ser vista em artistas contemporâneos que continuam a explorar a fusão de elementos musicais de diferentes culturas, demonstrando a duradoura importância desse género na história da música.

(Fotos: 1Ali Akbar Khan, George Harrison e Ravi Shankar; 2. George Harrison; 3Quintessence; 4Yardbirds; 5. The Rolling Stones; 6. The Byrds)


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O Psychedelic/Space Rock é um subgénero fascinante do rock que floresceu durante o final dos anos 1960 e início dos anos 1970, coincidindo com o surgimento do rock progressivo. Este subgénero é caracterizado por uma fusão única de elementos psicadélicos e espaciais, que resultam em uma experiência musical transcendental e altamente atmosférica.

O rock progressivo tem suas raízes nos fenómenos culturais psicadélicos no auge da era das drogas e contracultura dos anos 1960. Durante esse tempo, a British Invasion e as bandas de folk-rock começaram a expandir as possibilidades sonoras de sua música. Esses grupos lentamente começaram a abandonar os padrões concisos de verso-refrão-verso do rock and roll e se moveram em direção a estruturas musicais fluidas e orientadas para formas livres.

Igualmente importante foi a incorporação de elementos da música indiana e oriental. Junto com eles os princípios do free-form jazz foram incluídos ao som psicadélico, enfatizando emoções espontâneas sobre construções composicionais calculadas e estimadas.

Experimentar novas tecnologias de estúdio, alterando instrumentos e vozes eletronicamente, também fazia parte dessa abordagem alterada.

A cena do rock psicadélico do final dos anos 1960 também gerou o nascimento do género rock espacial (Space Rock). Os atos pioneiros desse género assimilaram elementos do krautrock como batidas hipnóticas repetitivas e paisagens sonoras eletrónica/ambientais à medida que se afastavam da abordagem musical e composicional comum.

(Foto: early Pink Floyd with Syd Barrett)

O sintetizador com seus tons borbulhantes e padrões espaciais, provocando um fluxo deslizante, é um instrumento típico desse género. As guitarras são preferencialmente tocadas com a técnica de glissando e os efeitos de atraso/eco são muito usados, também os elementos originários do reggae/dub são bastante comuns.

O componente "space" do Psychedelic/Space Rock refere-se à exploração sonora do espaço sideral, seja por meio de letras que abordam temas cósmicos ou pelo uso de sons etéreos e texturas espaciais. Pink Floyd é uma das bandas mais emblemáticas nesse aspeto, com álbuns como "The Piper at the Gates of Dawn" e "A Saucerful of Secrets" contendo elementos espaciais distintos. Essa exploração do espaço também influenciou as letras e a estética visual do rock progressivo, que frequentemente abraçava conceitos mais amplos.

O Psychedelic/Space Rock frequentemente lidava com conceitos amplos e abstratos, e essas ideias influenciaram os álbuns conceptuais que se tornaram uma marca registrada do rock progressivo. Bandas como Pink Floyd com "Dark Side of the Moon" e "Wish You Were Here", por exemplo, exploraram temas profundos como insanidade, guerra e alienação. Essas abordagens líricas e temáticas desafiadoras alinharam-se com o desejo do rock progressivo de transmitir mensagens complexas e profundas através da música.

O Psychedelic/Space Rock foi um trampolim crucial no desenvolvimento do rock progressivo. Sua abordagem inovadora, experimentação sonora, e exploração de temas psicadélicos e espaciais criaram uma base sólida para o surgimento de um género que procurava empurrar os limites da música rock e da expressão artística. A influência do Psychedelic/Space Rock é evidente em muitas das bandas e álbuns mais icónicos do rock progressivo, tornando-o uma parte fundamental da história da música progressiva.


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Outro subgénero emergente na década de 70, o Rock Progressivo Eletrónico ou Progressive Electronic, combina elementos do rock progressivo com influências da música eletrónica.

Nascido no final dos anos 60 após a expansão da experimentação vanguardista, moderna, pós-moderna e minimalista, o movimento eletrónico progressivo conduz-nos imediatamente a uma aventura musical em torno de tecnologias e novas possibilidades de composição. Como autor ou pesquisador, o músico muitas vezes cria seus próprios módulos e combinações eletrónicas, decidindo sua própria ação artística e musical.

Texturas "estáticas", colagens, sons de longa duração e o poder da tecnologia em ambiciosas obras clássicas terão um grande impacto na música eletrónica "popular". Após o uso artesanal e inovador de fitas magnéticas, feedback, microfones, etc., a síntese instrumental, a elaboração de formas sonoras globais e as interações psico-acústicas serão sublimadas graças ao lançamento do sintetizador analógico. Grande melhoria aconteceu em 1964 com o aparecimento do primeiro sintetizador modular Moog, esta "invenção" traz a resposta às aspirações tecnológicas de muitos músicos.

Em suma, o subgénero eletrónico progressivo é dedicado a experiências eletrónicas intrincadas, comoventes, cerebrais e intrusivas que se envolvem em territórios de paisagens sonoras "kosmische", dark ambient, (pós) industrial, drones, surreais ou impressionistas.

Bandas e artistas como Tangerine Dream, Klaus Schulze e Oöphoi são destaques neste género.

(Fotos: 1. Tangerine Dream; 2. Oöphoi; 3. Klaus Schulze)


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O Krautrock é um movimento de rock experimental/avant-garde que emergiu na Alemanha no final da década de 1960 e que floresceu ao longo da década de 1970. Também designado por “kosmische musique” ele desempenhou um papel significativo no desenvolvimento do rock progressivo, embora seja importante notar que o termo "Krautrock" não era um rótulo autoproclamado pelos músicos alemães; foi cunhado pelos críticos musicais britânicos na época de uma forma muito depreciativa. O termo rapidamente encontrou uma melhor reputação nos círculos da música underground e finalmente ganhou popularidade.

O Krautrock é caracterizado por uma abordagem experimental e inovadora à música, que o distingue de muitos dos estilos de rock predominantes na época.

O Krautrock teve origem num período marcado por mudanças sociais, políticas e culturais. Os músicos alemães sentiram-se influenciados pelo contexto da guerra fria e pelo desejo de romper com as influências musicais estrangeiras, como o rock britânico e americano procurando uma identidade musical autêntica e única dando especial ênfase aos tratamentos eletrónicos, manipulação sonora e motivos hipnóticos mínimos (continuando o estilo da "musique concrète" e música repetitiva minimalista mas dentro de um ambiente mais acessível).

O Krautrock abraçou a experimentação musical de maneira ampla. Suas características incluem o uso extensivo de sintetizadores e dispositivos musicais eletrónicos: Muitas bandas de Krautrock foram pioneiras no uso de sintetizadores e outros instrumentos eletrónicos, explorando novos sons e texturas sonoras.

O Krautrock colocou ênfase em épicos instrumentais estendidos e extáticos, negligenciando o formato de canções psico-pop convencionais.

Muitas músicas de Krautrock apresentam padrões de ritmo repetitivos e hipnóticos, criando uma sensação de transe. Muitas são também expansivas e instrumentais, com espaço para improvisação. Isso era particularmente evidente em bandas como Can e Faust.

O Krautrock era um rótulo amplo que abrangia uma variedade de estilos e abordagens musicais. Alguns dos subgéneros e bandas mais influentes incluem:

Motorik: Caracterizado por ritmos repetitivos e hipnóticos, exemplificado pela banda Neu!

- Ambient: Bandas como Harmonia e Cluster exploraram paisagens sonoras etéreas.

- Experimental e vanguarda: Bandas como Faust empurraram os limites da música com experimentação radical.

- Psicodelia: Grupos como CanAmon Düül II fundiram elementos psicadélicos com abordagens avant-garde.

O Krautrock teve um impacto significativo no desenvolvimento do rock progressivo, especialmente na Europa. Bandas de rock progressivo, como Pink Floyd e Genesis, foram influenciadas por abordagens inovadoras do Krautrock, incorporando elementos eletrónicos e experimentação em suas próprias músicas. Além disso, o Krautrock compartilhou com o rock progressivo a ideia de que a música poderia ser uma forma de expressão artística profunda e não se limitar a estruturas de canção tradicionais.

Em resumo, o Krautrock foi um movimento musical alemão que se desenvolveu nas décadas de 1960 e 1970, caracterizado pela experimentação, uso extensivo de eletrónica e abordagens inovadoras à música. Ele desempenhou um papel importante no desenvolvimento do rock progressivo, influenciando muitas bandas e contribuindo para a expansão das fronteiras da música rock.

(Fotos: 1. early Can with Malcolm Mooney; 2. Faust; 3. Neu!; 4. Harmonia; 5. Cluster; 6. Amon Düül II)


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O subgénero "Canterbury Scene" é uma corrente musical que se desenvolveu principalmente no Reino Unido durante os finais anos 60 e 1970 e está intrinsecamente ligada ao rock progressivo. O nome do subgénero deriva da cidade de Canterbury, no sudeste da Inglaterra, onde várias bandas e músicos pioneiros nesse estilo estavam localizados. No entanto, a classificação também é usada para se referir a grupos de outras regiões da Inglaterra, e até de outros países.

Embora seja um subgénero do rock progressivo, ele possui características distintas que o diferenciam de outras vertentes do género. A Cena de Canterbury é conhecida por suas influências do jazz, folk, música clássica e experimentalismo, que se fundem com elementos de rock progressivo.

Muitas bandas da Canterbury Scene incorporam elementos de jazz, resultando em complexas estruturas musicais, improvisações e ritmos sincopados.

O uso de teclados desempenha um papel crucial na sonoridade da Canterbury Scene, utilizando órgãos, pianos elétricos e sintetizadores para criar paisagens sonoras diversas.

A música da Canterbury Scene frequentemente incorpora experimentação sonora e formas de vanguarda, como a repetição de padrões, ruídos e sons não convencionais.

Instrumentos de sopro, como flautas e saxofones, são comuns nas composições, adicionando uma dimensão única à música.

As letras muitas vezes são líricas e filosóficas, frequentemente abordando temas introspetivos e surrealismo. 

Muitos músicos dessa cena colaboravam entre si, resultando em uma rede interconectada de bandas e artistas.

Alguns dos artistas e bandas mais proeminentes da Canterbury Scene incluem Soft Machine, Caravan, Gong, Hatfield and the North, Robert Wyatt, Kevin Ayers, e National Health.

(Fotos: 1. Caravan; 2. Gong; 3. Hatfield and the North; 4ou5. Robert Wyatt; 5ou4. Kevin Ayers; [pc/tablet e smartphone]; 6. National Health)


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O termo "Heavy Prog refere-se a uma subcategoria do género musical progressivo que incorpora elementos do rock progressivo tradicional, mas com um foco mais pronunciado na densidade, na complexidade instrumental e em uma sonoridade mais pesada. Em termos simples, é um casamento do blues pesado baseado na guitarra do final dos anos 1960 e 1970 e o movimento progressivo/sinfónico.

Este subgénero teve seus primeiros lampejos no final da década de 1960, com os álbuns de estreia dos sul-africanos Freedom's Children dos britânicos High Tide como referências. Desenvolveu-se principalmente durante a década de 70 como uma resposta à crescente diversidade e experimentação dentro do rock progressivo, apresentando características distintas que o diferenciam de outros subgéneros do progressivo.

O "Heavy Prog" destaca-se pelo uso de riffs de guitarra poderosos e influências do rock mais pesado. A guitarra elétrica amplificada para produzir distorção (ou 'overdrive') é um elemento crucial, fornecendo o tom pesado necessário para esse estilo agressivo e, posteriormente, para o heavy metal britânico e norte-americano do final dos anos 1970 e 80. O formato de rock primário de bateria, baixo e guitarra com teclas e/ou vocais no topo é fortemente representado no Heavy prog. A presença do órgão Hammond com seu estrondo profundo e intenso também é comum entre grupos progressivos mais pesados.

As bandas que se encaixam neste subgénero muitas vezes combinam a complexidade instrumental característica do rock progressivo com a agressividade do rock pesado, criando uma sonoridade distintamente enérgica e imponente.

O "Heavy Prog" preserva a tradição do rock progressivo em termos de complexidade instrumental. Os músicos destacam-se por sua habilidade técnica, explorando mudanças de tempo, harmonias complexas e arranjos sofisticados.

As guitarras desempenham um papel fundamental no "Heavy Prog". Riffs de guitarra pesados e solos virtuosos são uma característica marcante deste subgénero.

Assim como no rock progressivo em geral, as letras no "Heavy Prog" muitas vezes abordam temas profundos e complexos. As canções podem explorar questões filosóficas, políticas, sociais e emocionais.

Bandas de "Heavy Prog" podem incorporar uma ampla variedade de influências em sua música, incluindo elementos do blues, do metal progressivo e da música clássica. Isso resulta em uma diversidade sonora que mantém o género interessante e em constante evolução.

Como é comum no rock progressivo, o "Heavy Prog" também apresenta composições longas, frequentemente na forma de suítes, que permitem que as bandas explorem uma ampla gama de ideias musicais em uma única peça.

Alguns dos nomes mais proeminentes associados ao "Heavy Prog" incluem entre outros, bandas como RushPorcupine Tree e Uriah Heep. Cada uma destas bandas tem sua própria abordagem única, mas todas compartilham a fusão de elementos pesados com a complexidade característica do progressivo.

O "Heavy Prog" desempenha um papel significativo no panorama do rock progressivo, oferecendo uma alternativa vigorosa às abordagens mais suaves e etéreas do género. Sua evolução contínua é um testemunho da diversidade e da vitalidade do rock progressivo, à medida que os músicos continuam a explorar novos territórios sonoros e desafios musicais dentro desse subgénero.


(Fotos: 1. Freedom's Cildren; 2. High Tide; 3. Rush; 4. Porcupine Tree; 5. Uriah Heep)


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O subgénero "Zeuhl" é uma faceta distinta e muitas vezes intrigante do rock progressivo. Seu nome é derivado da palavra “kobaïan”, uma linguagem lírica criada pelo baterista e compositor francês Christian Vander para sua banda de rock progressivo Magma formada em 1969.

A palavra significa "celestial" ou "divino", embora muitas vezes seja mal interpretada como significando "música celestial". Os membros dos Magma descrevem o género de sua música como Zeuhl, porém, Zeuhl Wortz, significa música do poder universal.

A música Zeuhl é caracterizada por uma série de elementos únicos que a diferenciam de outros subgéneros do rock progressivo. A música é uma mistura de géneros como NeoclassicismoRomantismoModernismo e Fusão. Elementos comuns são: sensação opressiva ou disciplinadora, temas de marcha, baixo pulsante, um piano etéreo ou piano Rhodes e instrumentos de sopro.


A música Zeuhl muitas vezes apresenta estruturas complexas e assimetria rítmica, com ênfase em polirritmia e progressões de acordes dissonantes. A ênfase na percussão é uma característica marcante do Zeuhl, com uso frequente de tambores e percussão de grande impacto.

As letras nas músicas Zeuhl são frequentemente cantadas em Kobaïan, que é uma parte intrínseca do universo conceptual dos Magma. As letras podem abordar temas relacionados à mitologia, filosofia e exploração cósmica, contribuindo para a sensação de transcendência e misticismo que é inerente a esse subgénero.


Instrumentos incomuns são frequentemente usados na música Zeuhl, como o "piano de cordas", que é um instrumento criado por Vander para produzir sons únicos. Além disso, o uso frequente de sopros, teclados, guitarras e, como mencionado, percussão marcante, contribui para a sonoridade singular do Zeuhl.

A banda Magma é amplamente considerada a pioneira do Zeuhl. Seu álbum de estreia, "Magma" (também conhecido como "Kobaïa"), lançado em 1970, estabeleceu as bases para o género. A música dos Magma é frequentemente descrita como transcendental e espiritual, e sua abordagem inovadora influenciou muitas outras bandas no cenário do rock progressivo.


O Zeuhl não se limita apenas aos Magma, e várias outras bandas incorporaram elementos desse subgénero em sua música. O progressivo "Zeuhl" influenciou várias outras bandas (principalmente francesas), mais tarde, tornou-se um género musical usado para descrever música semelhante à dos Magma. Várias bandas japonesas Zeuhl surgiram, havendo algumas cujas letras também são cantadas numa linguagem construída semelhante ao "Kobaïan".

Grupos como Shub-Niggurath, Eskaton e Weidorje seguiram a tradição do Zeuhl, adicionando suas próprias interpretações únicas.

O Zeuhl, devido à sua natureza experimental e muitas vezes hermética, não alcançou a mesma popularidade que outros subgéneros do rock progressivo. No entanto, ele mantém uma base de fãs dedicada e é respeitado por sua originalidade e inovação. Além disso, sua influência pode ser ouvida em várias formas de música progressiva, bem como em bandas contemporâneas que procuram explorar novas fronteiras sonoras.


Em resumo, o Zeuhl é um subgénero único e desafiador do rock progressivo, com raízes profundas na França e uma abordagem musical que incorpora elementos de jazz, música clássica e experimentação. Sua ênfase na percussão, lírica fictícia e atmosfera mística o torna uma experiência musical verdadeiramente única. Embora não seja tão amplamente reconhecido quanto outros subgéneros do rock progressivo, o Zeuhl continua a atrair ouvintes que procuram algo fora do convencional e está fadado a permanecer como uma faceta intrigante da música progressiva.

(Fotos: 1. Christian Vander; 2. Magma; 3. Shub-Niggurath; 4. Eskaton; 5. Weidorje)


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Rock Progressivo Italiano (RPI) No final dos anos 60, a Itália experimentou uma onda de novas ideias e ideais que coincidiram com o nascimento de uma nova era musical. À medida que a onda da contracultura avançava, ela trouxe revolução não apenas na forma de rock progressivo, mas também em diferentes formas de rock continental mais pesado que se estava estabelecendo na mesma época.

O RPI surgiu em um momento em que o rock progressivo estava se expandindo pelo mundo, influenciando músicos e bandas em várias nações. No entanto, os músicos italianos adaptaram esse género estrangeiro, dando-lhe um toque distintamente italiano. Bandas como Premiata Forneria Marconi (PFM), Banco del Mutuo Soccorso, Le Orme, e Il Balletto di Bronzo foram pioneiras no desenvolvimento do RPI.


O início da nova década viu o surgimento de um número incontável de bandas e artistas. O bug do rock progressivo tornou-se tão difundido na Itália que alguns especialistas dizem que todos os artistas e bandas da Itália produziram pelo menos um álbum progressivo durante esse período.

Durante os anos de pico do movimento RPI no início dos anos 70, inúmeras bandas mostraram seu talento nos muitos festivais pop organizados em toda a Itália. Os festivais eram muitas vezes gratuitos e ostentavam um nível de liberdade artística e competição raramente visto na música popular. Os fãs testemunharam bandas saindo da obscuridade para competir no mesmo palco que os pesos pesados. Essa competição musical criou uma espécie de espiral ascendente; todos tentaram superar uns aos outros, produzindo sons únicos e incorporando influências díspares em suas músicas. A variedade da música foi além, com todas as bandas compartilhando as mesmas aspirações, embora raramente o mesmo som. Muitas dessas bandas estavam criando músicas que eram fenomenalmente originais, experimentais, de espírito livre e criativamente bem-sucedidas.

O Rock Progressivo Italiano combina elementos do rock sinfónico, música clássica e música folclórica italiana para criar uma sonoridade única e complexa que cativa os ouvintes com sua riqueza musical e narrativa.

Uma das características mais marcantes do RPI é a fusão de elementos clássicos e folclóricos italianos com o rock progressivo. Muitas vezes, as bandas usam instrumentos tradicionais, como flautas, violinos e instrumentos de sopro, para criar uma sonoridade rica e evocativa. Além disso, as letras muitas vezes incorporam temas históricos, culturais e mitológicos italianos, acrescentando profundidade e complexidade às composições.


As composições do RPI são frequentemente longas e elaboradas, caracterizadas por mudanças frequentes de tempo e complexas progressões de acordes. Isso é acompanhado por extensos solos de guitarra, teclados e outros instrumentos, que adicionam uma dimensão virtuosística à música. Os vocais também desempenham um papel importante, muitas vezes alternando entre o italiano e o inglês, de acordo com a preferência da banda.

Em termos de álbuns emblemáticos, o RPI tem uma série de clássicos que se destacam. O álbum "Per un Amico" dos PFM, lançado em 1972, é frequentemente citado como um marco do género. Ele combina elementos clássicos com progressões de rock progressivo e se tornou uma obra-prima reconhecida em todo o mundo. Outro álbum notável é "Darwin!" dos Banco del Mutuo Soccorso, que é um exemplo impressionante de como o RPI pode ser expressivo e altamente criativo.

O Rock Progressivo Italiano teve seu auge na década de 1970, mas sua influência continuou a ecoar na música progressiva em todo o mundo. Muitas bandas posteriores de rock progressivo, como Marillion e Dream Theater, foram influenciadas pelo som e estilo do RPI.


Hoje, o RPI continua a ser apreciado por uma base de fãs dedicada, tanto na Itália quanto internacionalmente. Bandas contemporâneas também mantêm a tradição viva, adicionando suas próprias inovações ao género.

Em resumo, o Rock Progressivo Italiano é um subgénero cativante e distintivo do rock progressivo que combina elementos da música clássica e folclórica italiana com a complexidade do rock progressivo. Sua riqueza musical, narrativa e criatividade contínua fazem do RPI um legado duradouro na história da música.

(Fotos: 1. Premiata Forneria Marconi; 2. Banco del Mutuo Soccorso; 3. Le Orme; 4. Il Balletto di Bronzo)


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O Eclectic Prog, também conhecido como Rock Progressivo Eclético, é um subgénero do rock progressivo que se caracteriza por incorporar uma ampla variedade de estilos musicais e influências dentro de sua música. Esse estilo emergiu principalmente nas décadas de 1970 e 1980, quando o rock progressivo estava em seu auge de experimentação e inovação.

O termo 'eclético' no contexto do rock progressivo descreve uma soma de elementos de várias fontes musicais e as influências e carreiras de bandas que vêm de uma ampla gama de géneros ou estilos. Embora a música progressiva possa ser, em um sentido mais amplo, eclética, o termo 'Eclectic Prog' destina-se especialmente a fazer referência a bandas que ultrapassam os limites dos géneros de rock progressivo estabelecido ou que misturam muitas influências.

Uma das características mais distintivas do Eclectic Prog é sua combinação de estilos híbridos e diversidade de temas, promovendo muitos elementos de diferentes fontes. Esta abordagem de incorporar elementos de diversos géneros musicais, como rock, jazz, música clássica, música folclórica, eletrónica, entre outros, resulta em composições musicais complexas e ricas em texturas sonoras.

Bandas de Eclectic Prog frequentemente utilizam uma ampla gama de instrumentos, tanto tradicionais quanto eletrónicos. Isso pode incluir guitarras elétricas, teclados, sintetizadores, flautas, violinos, instrumentos de percussão variados e muito mais.

Assim como no rock progressivo em geral, as músicas do Eclectic Prog costumam ser longas e progressivas, com mudanças frequentes de ritmo, dinâmica e atmosfera. Essas mudanças são muitas vezes suaves e podem ser comparadas a suítes musicais.

As letras do Eclectic Prog geralmente exploram temas profundos e filosóficos, muitas vezes contando histórias complexas ou abordando questões sociais e existenciais.

A improvisação e a experimentação são elementos-chave do Eclectic Prog. Muitas bandas exploram espaços para solos e seções instrumentais improvisadas, permitindo que os músicos demonstrem suas habilidades técnicas e criativas.

Um aspeto característico do Eclectic Prog é a capacidade de mudar drasticamente de estilo musical dentro de uma única composição. Isso pode envolver transições suaves de rock pesado para segmentos mais calmos e introspetivos, ou mesmo movimentos de música clássica para elementos eletrónicos.

Muitas vezes, bandas de Eclectic Prog incorporam influências culturais e étnicas, introduzindo elementos de diferentes partes do mundo em suas músicas.

O Eclectic Prog tende a favorecer produções de alta qualidade, onde detalhes sonoros são cuidadosamente trabalhados para criar uma experiência auditiva envolvente.

A categoria Eclética reconhece bandas que evoluíram acentuadamente ao longo da carreira (de forma progressiva, evolutiva), ou que tenham um estilo plural sem um núcleo referencial claro.

As características básicas estão na variedade da música, ricas influências, tendências artísticas e elementos clássicos do rock progressivo.

Alguns exemplos de bandas e artistas associados ao Eclectic Prog incluem King Crimson, Gentle Giant, Frank Zappa, Yes e Van der Graaf Generator. Cada uma dessas bandas apresenta abordagens únicas em relação à diversidade musical e à experimentação dentro do género do rock progressivo eclético.

(Fotos: 1. King Crimsos; 2. Gentle Giant; 3. Frank Zappa; 4. Yes; 5. Van der Graaf Generator)


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O Symphonic Prog também conhecido como “Rock Sinfónico” é um subgénero do rock que combina elementos do rock tradicional com influências da música clássica, utilizando frequentemente instrumentos orquestrais e estruturas musicais complexas.

As principais características do symphonic são as que definem todo o rock progressivo que, entre outros, são; mistura de elementos de diferentes géneros, assinaturas de tempo complexas, teclados exuberantes, longas faixas instrumentais, letras líricas muitas vezes profundas e filosóficas, em alguns casos próximos à literatura de fantasia, à ficção científica e até questões políticas. Neste caso específico, a principal característica é a influência da música clássica (entendida como obras orquestrais criadas do tardio gótico ao clássico moderno) usando estrutura normalmente mais complexa do que outros subgéneros relacionados como o Neo Progressivo (é por isso que às vezes a fronteira que divide sinfónico de Neo não é tão clara, que se baseia principalmente em um grau de complexidade, e não em uma diferença estrutural evidente).

O rock sinfónico é também caracterizado pela experimentação musical, incluindo o uso de instrumentos como teclados, órgãos, sintetizadores, violinos e flautas, que são integrados à música de forma a criar uma atmosfera sonora rica e complexa.

Este género teve seu auge nas décadas de 1970 e 1980, mas continua a influenciar músicos e bandas até os dias atuais.

Bandas de rock sinfónico notáveis incluem entre outras, Yes, Genesis e Emerson, Lake & Palmer.

(Fotos: 1. Yes; 2. early Genesis with Peter Gabriel; 3. Emerson, Lake & Palmer)


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O subgénero "Rock in Opposition" (RIO) é uma ramificação do rock progressivo que surgiu no final da década de 1970 como um movimento musical e cultural numa reação contra o crescente comercialismo e convencionalismo da música popular. Foi um movimento que se concentrou na Europa, principalmente na França e no Reino Unido, e é caracterizado por uma abordagem radical mais experimental e de vanguarda do rock progressivo, avesso ao “main stream”, e com uma inclinação política e anticomercial.

O RIO foi influenciado por uma variedade de géneros, incluindo jazz de vanguarda, música contemporânea, música folclórica, música experimental e até mesmo o caos controlado em sua música integrando-os de forma inovadora.

As composições são altamente complexas e desafiadoras, com mudanças frequentes de tempo, estruturas não convencionais e harmonias dissonantes.

As estruturas convencionais das canções eram frequentemente subvertidas, com ênfase na desconstrução musical.

A Improvisação desempenhou um papel significativo, dando às performances ao vivo uma sensação de espontaneidade e liberdade criativa.

Bandas do RIO frequentemente incorporam instrumentos experimentais não tradicionais, eletrónicos e técnicas estendidas, explorando uma ampla gama de sons.

As letras frequentemente abordavam temas sociais, políticos e filosóficos, refletindo a postura anti-establishment do movimento.

Muitas bandas de RIO tinham uma postura política de esquerda e abordavam questões sociais e políticas em suas músicas e atitudes. Muitas vezes posicionavam-se contra a indústria da música convencional e a exploração comercial da arte, expressando uma atitude de oposição em relação a essas práticas refletindo o contexto político da década de 1970 e do desejo de romper com as normas da indústria musical convencional.

Algumas das bandas e artistas mais influentes associadas ao Rock in Opposition incluem Henry Cow, Samla Mammas Manna, Stormy Six, Art Zoyd, Univers Zero, Etron Fou Leloublan.

Embora o Rock in Opposition tenha sido um movimento de nicho na década de 1970, seu impacto na cena musical experimental e avant-garde foi significativo. Muitas bandas progressivas contemporâneas, particularmente aquelas que exploram abordagens mais experimentais, ainda se inspiram no RIO. Além disso, festivais e eventos dedicados ao RIO continuam a acontecer em várias partes do mundo.

Em resumo, o Rock in Opposition foi uma ramificação do rock progressivo que surgiu como uma reação à exploração comercial do género. Caracterizou-se por uma abordagem experimental, política e desafiadora à música, com foco na desconstrução das convenções musicais e na promoção da liberdade artística. Conquanto não tenha atingido o mesmo nível de sucesso comercial que algumas outras correntes do rock progressivo, deixou um legado que perdura na música experimental e avant-garde.

(Fotos: 1. Henry Cow; 2. Samla Mammas Manna; 3. Stormy Six; 4. Art Zoyd; 5. Univers Zero; 6. Etron Fou Leloublan)


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Crossover Prog, abreviação de "Crossover Progressive Rock", é um subgénero dentro do amplo espectro do rock progressivo. Ele se refere a uma vertente que incorpora elementos de outros estilos musicais além do progressivo tradicional, resultando em uma abordagem mais acessível e voltada para uma audiência mais ampla. O termo "crossover" indica a mistura ou fusão de diferentes estilos.

O Crossover Prog tende a apresentar características como canções mais curtas e acessíveis, ao contrário das longas e complexas suítes características do rock progressivo clássico. O Crossover Prog propende a ter músicas mais curtas e diretas, muitas vezes com estruturas mais convencionais de verso-refrão.

Os artistas de Crossover Prog frequentemente incorporam elementos de outros géneros musicais, como pop, rock alternativo, folk, eletrónico e até mesmo elementos do jazz.

Enquanto o rock progressivo tradicional frequentemente explora temas líricos complexos e conceptuais, o Crossover Prog tende a apresentar letras mais diretas e acessíveis.

As melodias cativantes e os refrãos memoráveis são uma característica importante do Crossover Prog, tornando-o mais palatável para um público mais amplo.

A produção e a sonoridade no Crossover Prog costumam ser mais modernas e polidas em comparação com os aspetos mais crus e analógicos do rock progressivo clássico.

Exemplos de artistas e bandas que podem ser consideradas dentro do género Crossover Prog incluem Supertramp, Steven Wilson e The Pineapple Thief, entre outras. Essas bandas mantêm as raízes do rock progressivo, mas incorporam elementos contemporâneos e influências variadas para criar um som que possa atrair tanto fãs do rock progressivo quanto ouvintes de outros géneros.

(Fotos: 1. Supertramp; 2. Steven Wilson; 3. The Pineapple Thief)

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