"Os Mutantes"
O álbum de estreia autointitulado "Os Mutantes" da banda brasileira Os Mutantes, lançado em junho de 1968, desempenhou um papel significativo no contexto do rock proto progressivo por várias razões.
Os Mutantes são conhecidos por sua habilidade excecional de fundir uma ampla variedade de géneros musicais em uma única obra. A banda incorporou elementos do rock, psicadelismo, música popular brasileira, bossa nova, música folclórica brasileira e até mesmo música clássica em suas composições. Essa fusão de géneros musicais ajudou a estabelecer a base do rock progressivo, que posteriormente explorou uma abordagem eclética à música.
Os Mutantes são conhecidos por sua abordagem experimental à música. Eles utilizaram uma ampla gama de instrumentos e técnicas musicais, incluindo guitarras distorcidas, efeitos de estúdio inovadores e uma variedade de instrumentos não convencionais.
As letras das músicas no álbum "Os Mutantes" também apresentam temas progressivos, como questionamentos sociais e políticos, bem como elementos de surrealismo e fantasia. Isso estava alinhado com a abordagem lírica mais complexa e poética que se tornaria uma característica do rock progressivo.
A atitude da banda em relação ao “establishment” e à cultura predominante também era semelhante à de muitas bandas de rock progressivo. Eles eram considerados rebeldes e questionadores, algo que se tornou característico do movimento progressivo.
"Os Mutantes" também tiveram um impacto notável no desenvolvimento do rock progressivo no Brasil. Eles influenciaram uma geração de músicos que seguiram uma abordagem musical progressiva e eclética, incluindo bandas como O Terço e Secos & Molhados. A banda desempenhou um papel crucial na incorporação de elementos culturais brasileiros no contexto do rock progressivo.
Embora a banda não tenha alcançado um sucesso massivo durante seu tempo ativo, a sua música e atitude chamaram a atenção de músicos e críticos em todo o mundo. Com o tempo, "Os Mutantes" ganharam reconhecimento internacional, contribuindo para a expansão do rock progressivo como um género global.
Resumindo, o álbum "Os Mutantes" da banda Os Mutantes foi um marco no contexto do rock proto progressivo devido à sua fusão de géneros musicais, experimentação sonora, letras progressivas, atitude anti-establishment e influência sobre o desenvolvimento do género no Brasil. Sua contribuição para a evolução do rock progressivo e sua influência sobre músicos subsequentes fazem dele uma obra fundamental deste movimento musical.
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Side One
1. "Panis et Circenses"
2. "A Minha Menina"
3. "O Relógio"
4. "Adeus, Maria Fulô"
5. "Baby"
6. "Senhor F"
Side Two
7. "Bat Macumba"
8. "Le premier bonheur du jour"
9. "Trem Fantasma"
10. "Tempo no Tempo"
11. "Ave Gengis Khan"
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vocals (1, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11), recorder, autoharp, percussion
vocals (1, 4, 6, 7, 10, 11), guitars
vocals (1, 4, 5, 7, 9, 10, 11), keyboards, bass
arrangement
Special guests
Dirceu - drums
Jorge Ben: vocals and acoustic guitar in "A Minha Menina"
Dr. César Baptista: vocals in "Ave, Gengis Khan"
Clarisse Leite: piano in "Senhor F"
Cláudio Baptista: electronics
Gilberto Gil: percussion in "Bat Macumba"
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