🆃🅡🅰🅕🅵🅘🅲

John Barleycorn Must Die”

Traffic foi uma das bandas pioneiras do rock progressivo britânico, cuja música desafiou as convenções do género e explorou novas fronteiras sonoras. Formada em 1967, a banda era composta por talentosos músicos como Steve Winwood, Jim Capaldi, Chris Wood e Dave Mason. Juntos, criaram uma sonoridade única que mesclava elementos de rock, jazz, folk e psicadelismo.

O som distintivo dos Traffic foi moldado pela habilidade dos membros em tocar uma variedade de instrumentos e pela sua abordagem experimental à composição. Steve Winwood, conhecido por sua voz distinta e habilidade virtuosa no órgão e guitarra, liderou a banda com sua presença carismática no palco e seu talento musical excecional. Jim Capaldi contribuiu com suas letras poéticas e habilidades como baterista, enquanto Chris Wood adicionou texturas atmosféricas com seu saxofone e flauta. Dave Mason, embora tenha saído e retornado à banda em várias ocasiões, deixou sua marca com sua voz suave e habilidade na guitarra.

O álbum de estreia dos Traffic, "Mr. Fantasy" (1967), estabeleceu-os como uma força inovadora na cena musical da época. Seu segundo álbum, "Traffic" (1968), continuou a explorar novos territórios musicais, incluindo experimentações mais aprofundadas com jazz e blues.

No entanto, foi com o álbum "John Barleycorn Must Die" lançado em julho de 1970 que os Traffic alcançaram seu auge criativo. Este álbum marcante combinou elementos de rock, jazz e música folclórica britânica de uma maneira magistral capturando a essência da era hippie e da contracultura dos anos 60, enquanto abraça temas atemporais e uma musicalidade rica e complexa.

O título do álbum faz referência a uma antiga canção folclórica inglesa que personifica o grão de cevada, uma metáfora para a colheita e a morte da natureza que precede o renascimento. Esta temática de renovação e ciclo da vida permeia o álbum, refletindo-se tanto nas letras quanto na atmosfera sonora.

Uma das faixas mais representativas do álbum é a épica "Glad", que combina elementos de rock psicadélico com influências jazzísticas, apresentando improvisações instrumentais envolventes. A música é uma jornada sonora, com mudanças dinâmicas e nuances que mantêm o ouvinte cativado. "Freedom Rider" é outra canção notável, com seu groove contagiante e letras que exploram a procura pela liberdade e autenticidade.

Outra faixa emblemática é a suave e contemplativa "John Barleycorn", que retoma o tema central do álbum, enquanto mergulha na tradição folk britânica. Com sua melodia hipnótica e letras evocativas, a música encapsula a sensação de conexão com a terra e com a história ancestral.

"John Barleycorn Must Die" é um testemunho da habilidade dos Traffic fundir diferentes estilos musicais em uma experiência sonora coesa e envolvente. O álbum é um marco do rock progressivo, destacando-se pela sua sofisticação musical e pela sua capacidade de transmitir mensagens profundas através da música. Ao longo das décadas permanece como um clássico atemporal, continuando a inspirar e encantar ouvintes de todas as gerações.

Ao longo dos anos 70, os Traffic continuaram a evoluir, testando novas ideias e colaborando com uma variedade de músicos talentosos. Embora tenha passado por várias mudanças na formação e tenha enfrentado desafios pessoais e criativos, a influência duradoura dos Traffic no cenário musical do rock progressivo é inegável.

Em suma, Traffic foi uma banda visionária que desafiou as fronteiras do rock convencional e deixou um legado duradouro na história da música. Sua abordagem inovadora e sua fusão de estilos musicais continuam a inspirar músicos e ouvintes até os dias de hoje.

Songs / Tracks Listing

Side 1

1. Glad (6:59)

2. Freedom Rider (5:30)

3. Empty Pages (4:34)

Side 2

4. Stranger to Himself (3:57)

5. John Barleycorn (6:27)

6. Every Mothers Son (7:08)

Total Time: 35:06

Bonus Tracks on Island 1999 remaster:

4. I Just Want You to Know (1:30)

8. Sittin' Here Thinkin' of My Love (3:33)

9. Backstage and Introduction (1:50) *

10. Who Knows What Tomorrow May Bring (6:56) *

11. Glad (11:29) *

* Recorded Live at The Fillmore East, New York, 18-November-1970

Steve Winwood

acoustic piano (1, 2, 5), organ (1, 2, 3), percussion (1, 2), vocals (2-5), electric piano (3), bass guitar (3), all instruments (4), acoustic guitar (5), all other instruments (6)

Jim Capaldi

drums (1, 2, 3, 5, 6), percussion (1, 2, 3), backing vocals (4, 5), tambourine (5)

Chris Wood

percussion (1, 2, 5), saxophone (1, 2), electric saxophone (1, 2), flute (1, 2, 5), organ (3)



Comentários

Mensagens populares deste blogue