“L.A. Woman”
A banda norte-americana The Doors no contexto do desenvolvimento do rock
progressivo é um tema fascinante que remonta ao final da década de 1960 e
início dos anos 1970. Enquanto o rock progressivo emergia como um género
musical inovador, The Doors
contribuíram de maneira única para essa evolução, incorporando elementos psicadélicos,
experimentações sonoras e letras poéticas em sua música.
Em primeiro lugar, é crucial compreender a abordagem distintiva de The Doors em relação à música. Liderada
pelo carismático vocalista Jim Morrison, a banda não se limitou aos padrões
convencionais do rock da época. A fusão de rock, blues, jazz e elementos clássicos, aliada à habilidade poética de
Morrison, criou uma sonoridade rica e complexa que transcendia as barreiras do
rock tradicional.
A influência do tecladista Ray Manzarek também desempenhou um papel
fundamental. O uso inovador do órgão e do piano elétrico proporcionou uma
dimensão única ao som da banda. Faixas como "Light
My Fire" e "Riders on the Storm"
apresentam arranjos intrincados e experimentações sonoras que mais tarde se
tornariam características distintivas do rock progressivo.
Além disso, as letras de Jim Morrison eram profundas e poéticas,
muitas vezes explorando temas filosóficos e místicos. Essa abordagem lírica
contribuiu para a atmosfera intelectual do rock progressivo, onde as letras
eram frequentemente conceptuais e carregadas de significado mais profundo.
O álbum "L.A. Woman" lançado
em abril de 1971 é o sexto e último álbum de estúdio da banda. Este álbum marca
um ponto crucial na evolução do rock, contribuindo significativamente para o
desenvolvimento do subgénero conhecido como rock progressivo.
"L.A. Woman"
revela uma abordagem mais experimental e expansiva por parte dos Doors. A banda incorporou uma variedade
de elementos musicais, desde o blues
até o jazz, contribuindo para a criação de paisagens sonoras mais complexas e
ecléticas.
Músicas
como "L.A.
Woman" e "Riders on the Storm"
demonstram uma notável ênfase na improvisação e na complexidade instrumental.
Os solos de guitarra de Robby Krieger, as teclas de Ray Manzarek e a percussão
de John Densmore combinam-se de maneira sinérgica, indo além das estruturas
tradicionais do rock. As letras poéticas de Jim Morrison nestas faixas são
densas e muitas vezes abstratas, contribuindo para uma narrativa mais
cinematográfica.
Essa
ênfase nas letras elaboradas e imagens vívidas é uma característica comum no
rock progressivo, onde as letras transcendem a simplicidade e se tornam parte
integrante da experiência musical.
"L.A.
Woman" apresenta uma notável diversidade musical, indo desde o blues intenso até as experimentações
jazzísticas. A faixa "The Changeling" destaca-se
pela fusão de ritmos e estilos, criando um som progressivo que desafia as
normas estabelecidas.
Em
resumo, "L.A. Woman" dos The Doors desempenhou um papel crucial
na evolução do rock progressivo, introduzindo elementos inovadores que
influenciaram subsequentes gerações de músicos. Com sua abordagem experimental,
complexidade instrumental e narrativa poética, o álbum permanece uma peça
fundamental na história do rock, marcando uma transição notável para o rock
progressivo no início dos anos 70.
♪
Songs / Track listing
Side 1
1."The
Changeling"
2."Love Her
Madly"
4."Cars Hiss by My Window"
5."L.A. Woman"
Side 2
6."L'America"
7."Hyacinth
House"
9."The WASP (Texas Radio and the
Big Beat)"
10."Riders on the Storm"
♫
Vocals
piano, organ; including Hammond organ on
"The Changeling", "Hyacinth House" and "The WASP (Texas Radio and the Big
Beat)"; Vox Continental on "Love Her Madly", and Rhodes piano on
"L.A. Woman" and "Riders on the Storm"; rhythm
guitar on "Been Down So Long"
lead guitar
drums (with brushes on "Cars Hiss by My Window"), tambourine on "Love Her Madly" and "Been Down So Long"
Additional musicians
Jerry Scheff –
bass
Marc Benno – rhythm guitar on "Been Down So Long", "Cars Hiss by My Window", "L.A. Woman" and "Crawling King Snake"
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