“Phallobst”
A banda alemã Rufus Zuphall emergiu
da efervescente cena do krautrock no
virar da década de 1960 para 1970, deixando uma marca única e distintiva em sua
breve, mas impactante, carreira. Fundada em 1969 por Günter Krause (guitarra,
voz), Helmut Lieblang (baixo), Klaus Gülden (flauta) e Udo Dahmen (bateria), o
quarteto proporcionou uma abordagem inovadora que transcendeu as fronteiras
convencionais dos géneros musicais.
A sonoridade da Rufus Zuphall era uma mescla intrincada de elementos que incluíam
rock progressivo, blues rock, hard rock e, ocasionalmente, influências
folk. A presença marcante da flauta, interpretada por Klaus Gülden, conferia à
música da banda uma dimensão única, gerando inevitáveis comparações com a
lendária banda inglesa Jethro Tull,
conhecida por incorporar de maneira brilhante esse instrumento em suas
composições.
O segundo álbum "Phallobst” lançado em 1971 é uma expressão marcante do
rock progressivo alemão nos primeiros anos da década de 1970. Gravado nos
estúdios de Dieter Dierks, o
álbum apresenta duas mudanças significativas na formação, com a saída do
baixista original Helmut Lieblang, que era também o letrista da primeira
formação, e a adição do guitarrista Thomas Kittel.
Este álbum, embora talvez não atinja a
excelência de seu antecessor, "Weiß
Der Teufel," ainda é considerado uma obra digna. Demonstrando um som
mais polido e maior diversidade musical, "Phallobst"
incorpora elementos de rock psicadélico, jazz e folk, ao mesmo tempo em que
mantém a essência progressiva que caracteriza a banda.
A primeira metade do álbum destaca-se com a intrigante
faixa "Schupfner," onde as
guitarras medievais e a flauta soberba transportam o ouvinte para um universo
sonoro único. O lado A é complementado por "Waste
Land," uma composição mais calma e reflexiva que adiciona uma dimensão
diferente ao repertório da banda.
O lado B do álbum começa com "Makrojel," uma faixa
instrumental que apresenta uma pegada jazzística, proporcionando uma variedade
bem-vinda ao conjunto. "Prickel
Pit" continua com riffs de
guitarra mais pesados, enquanto a interpretação da tradicional "Portland Town" revela a
habilidade da banda em transformar canções folclóricas com o uso inteligente de
mellotron e riffs de guitarra.
"I'm On My Way," a faixa de encerramento, inicia-se com uma
melodia de guitarra acústica e vocais que evocam reminiscências de Jim
Morrison. Este encerramento mais lento e introspetivo destaca-se pela
incorporação de mellotrons e clavinet, mostrando uma diversidade
ainda maior no arsenal musical da Rufus
Zuphall.
Apesar de algumas influências folk, o álbum
não se limita a um único estilo, explorando tanto o blues quanto o jazz. Embora "Phallobst"
não tenha sido essencial para o desenvolvimento do rock progressivo, ele
permanece como um testemunho sólido da contribuição da Rufus Zuphall para a cena musical da época. O álbum, mesmo com o
passar dos anos, continua a merecer uma audição ocasional, proporcionando uma
experiência musical que transcende as fronteiras do convencional.
♪
Songs
/ Track listing
Side A
1. Closing Time (3:21)
2. Wenn Schon, Denn Schon (3:35)
3. Schupfner (5:13)
4. Waste Land (5:10)
Side B
5. Makröjel (5:53)
6. Prickel Pit (3:51)
7. Portland Town (3:52)
8. I'm on My Way (5:01)
Total Time 35:56
♫
Günter Krause
electric, slide & acoustic guitars, Mellotron, vocals
Thomas Kittel
electric & 12-string guitars, clavinet
Klaus Gülden
Flute
Manfred Spangenberg
Bass
drums, tablas, percussion
Comentários
Enviar um comentário