“Who's Next”
A banda britânica The Who é uma
das mais influentes e icónicas da história do rock. Formada em Londres no
início dos anos 1960, o grupo passou por várias fases, evoluindo musicalmente e
deixando uma marca indelével no cenário musical global. Com uma combinação
única de energia, talento instrumental e performances intensas, The Who conquistou não apenas o sucesso
comercial, mas também o respeito crítico e uma legião de fãs devotos. Embora
inicialmente não tenham sido rotulados como uma banda de rock progressivo, sua
contribuição para o movimento é notável, especialmente durante a fase de
transição do rock dos anos 60 para os anos 70.
No início de sua carreira, The Who era conhecido por seu som
explosivo e performances intensas no palco, liderados pela guitarra poderosa de
Pete Townshend, a voz distintiva de Roger Daltrey, o baixo dinâmico de John
Entwistle e a bateria enérgica de Keith Moon. No entanto, à medida que a década
de 1960 progredia, a banda começou a incorporar elementos mais complexos e
experimentais em sua música.
O álbum "Tommy"
de 1969 é frequentemente citado como um ponto de viragem na carreira dos The Who e também é considerado um marco
no desenvolvimento do rock progressivo. Este álbum conceptual conta a história
de Tommy Walker, um menino cego, surdo e mudo que se torna um ícone messiânico
do culto à celebridade. A narrativa intricada, combinada com arranjos
orquestrais e experimentação sonora, destacou a capacidade da banda de ir além
dos limites tradicionais do rock.
O sucesso de "Tommy" foi seguido por "Who's Next" (1971), outro álbum que contribuiu para a
reputação progressiva da banda. Este álbum apresenta faixas como "Baba O'Riley" e "Won't Get Fooled Again", que
incorporam sintetizadores e técnicas de gravação inovadoras. A complexidade
lírica e musical destas faixas ajudou a consolidar o estatuto dos The Who como uma banda que estava
disposta a experimentar e explorar novas fronteiras sonoras.
"Who's Next", o quinto de estúdio lançado
em agosto de 1971, é um dos álbuns mais significativos da discografia dos The Who e desempenhou um papel crucial
na fusão do rock clássico com elementos progressivos. Este álbum é
frequentemente citado como uma obra-prima que encapsula a transição da banda
para sonoridades mais experimentais.
“Baba O'Riley” é uma faixa emblemática do álbum e do próprio
movimento progressivo. A introdução com sintetizadores, cortesia de Pete
Townshend, é icónica e inovadora. A utilização de um sequenciador eletrónico
contribuiu para a sonoridade vanguardista, uma prática pouco comum na época. "Baba O'Riley" transcende os
limites tradicionais do rock, apresentando uma estrutura mais elaborada e uma
experimentação sonora que ecoa as tendências do rock progressivo emergente.
“Behind Blue Eyes” Embora mais contida em termos de
experimentação instrumental, a estrutura da canção e a intensidade emocional
sugerem uma abordagem mais complexa e reflexiva. A transição dinâmica entre
momentos suaves e explosivos é uma característica progressiva. A exploração de
emoções profundas e a construção cuidadosa da narrativa fazem de "Behind Blue Eyes" uma peça
que se alinha com a abordagem reflexiva e lírica típica do rock progressivo.
“Won't Get Fooled Again” Esta
faixa é uma verdadeira epopeia, com mais de oito minutos de duração. A
utilização proeminente do sintetizador, os riffs
de guitarra complexos e a narrativa expansiva refletem a influência
progressiva. "Won't Get Fooled
Again" é uma jornada sonora que abraça a complexidade e a
experimentação, características fundamentais do rock progressivo. A inclusão do
famoso grito primal de Roger Daltrey eleva ainda mais o impacto emocional da
faixa.
“The
Song Is Over” Esta faixa é muitas vezes subestimada, mas sua
estrutura e progressões de acordes mostram uma sofisticação musical. A
colaboração vocal entre Daltrey e Townshend e o uso inteligente de instrumentos
contribuem para a ambientação progressiva. "The
Song Is Over" destaca-se como uma peça que transcende as convenções do
rock convencional, incorporando elementos mais intrincados e nuances musicais associadas ao rock
progressivo.
"Who's Next" não é apenas um álbum de transição para os The Who; é uma obra-prima que marcou uma mudança na paisagem musical. Sua fusão de elementos progressivos com a energia característica da banda criou um legado duradouro e solidificou sua contribuição para o desenvolvimento do rock progressivo.
Embora The Who nunca se tenha encaixado completamente na definição clássica de rock progressivo, sua exploração de conceitos complexos, arranjos intrincados e experimentação musical durante a transição para os anos 70 deixou uma marca indelével no género. Sua capacidade de evoluir e abraçar novas direções musicais mostra como a banda foi crucial na moldagem da paisagem musical do rock progressivo.
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Songs
/ Track listing
Side 1
1."Baba O'Riley"
2."Bargain"
4."My Wife"
5."The Song Is
Over"
Side 2
6."Getting in
Tune"
7."Going Mobile"
8."Behind Blue
Eyes"
♫
lead vocals
guitar, VCS 3,
organ, ARP synthesizer, vocals, piano on "Baba O'Riley"
bass,
brass, vocals, piano on "My
Wife"
drums,
percussion
Additional musicians
Dave Arbus – violin on "Baba O'Riley"
Nicky Hopkins –
piano on "The Song Is Over"
and "Getting in Tune"
Al Kooper – Hammond organ on
alternate version of "Behind Blue
Eyes"
Leslie West – lead guitar on Record Plant sessions on "deluxe edition" including "Baby, Don't You Do It" and "Love Ain't for Keeping" (electric version)
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